Neste texto denotaremos por a esfera unitária de definida pelo conjunto .
Seja uma função diferenciável ( pode ser de classe ) tal que exista uma vizinhança de em em que é um difeomorfismo. Logo é injetiva. Seja . Pela definição vemos que não tem auto-interseções e que é uma superfície difeomorfa à esfera . Dessa forma, descreve completamente.
Seja uma triangulação de . Dizemos que é regular se todos os triângulos de são equiláteros. Nesse caso, como é conexa, então todas as arestas de tem o mesmo comprimento.
Infelizmente esse tipo de triangulação é muito rara na prática, por exemplo: só admite triangulação regular se a quantidade de triângulos for 4 (tetraedro), 8 (octaedro) ou 20 (icosaedro).
Neste trabalho, introduzimos o conceito de triangulação ``quase regular'' que definimos da seguinte forma:
Seja
. Uma triangulação
de uma superfície é quase regular de lado se os triângulos
que não satisfazem as condições abaixo são uma minoria desprezível:
(i) é triângulo equilátero de lado ;
(ii) é triângulo isósceles como dois lados de medida e o ângulo entre eles é maior que e menor que ;
(iii) todos os ângulos de medem mais que e menos que , e a área de é aproximadamente igual à área do triângulo equilátero de lado .
A condição (iii) é apenas uma condição técnica.
Dizemos que uma triangulação quase regular de lado é ótima se todos os triângulos de satisfazem (iii), e destes, a quantidade que satisfaz (ii) é máxima e a quantidade destes últimos que satisfaz (i) também é máxima.
Neste trabalho descrevemos um método para fazer uma triangulação quase regular de , desde que seja dada por uma função como descrito acima.